minha saga capilar

Eu detesto cabelo enrolado. DETESTO. É chato de pentear, se tiver particularmente feio em um certo dia você tem que lavar de novo, em vez de dar só uma escovada básica, e, o pior de tudo, dá um ar selvagem que eu abomino. Parece que a pessoa está eternamente naquele momento em que acabou de acordar. Odeio, odeio. Sempre odiei, desde pequena, continuo odiando e vou morrer odiando. Há anos venho dizendo que um dia vou ficar tão de saco cheio do meu cabelo que vou raspar a cabeça. Não raspei ainda, mas dei um corte radical ano passado. BEM curto. Curto mesmo, não dá pra prender nem em rabinho cotó, cortado bem curto com máquina atrás e uma pseudofranjona mais comprida na frente, que nem chega na ponta do nariz. Curto, pois.

Gente, que revolução na minha vida. Coisa mais linda. A quantidade de tempo que eu ganhei é uma coisa incalculável. Lavo a cabeça a cada banho, seco em dois segundos esfregando a toalha em vez de ficar tomando cuidado pra não desmanchar as porcarias dos cachos, não uso mais creme, pente, leave-in, óleos, o cacete a quatro. Lavo com o shampoo que tiver, não levo mais nada desses apetrechos cabelais quando viajo, perdi a paranóia do elástico everywhere (na verdade ainda levo um elástico em cada bolsa, na carteira, na nécessaire, pra prender a cabelância da Carol quando a juba tá muito descontrol), ESQUECI que o cabelo existe. Uso um arco (qualquer um) só pra não ficar cabelo caindo na testa, que me incomoda horrores, e mais nada. ESQUECI QUE O CABELO EXISTE.

Vocês não têm ideia do quão libertador é. Nunca imaginei que fosse fazer assim tanta diferença na minha vida. Sempre ouvi dizer que era prático, mas prático doesn’t quite cover it. Gente, o tempo que nós mulheres perdemos com essas bobeiras é uma coisa enlouquecedora. Se investíssemos o que gastamos de tempo, dinheiro e energia nos preocupando com a depilação, o buço, as sobrancelhas, o cabelo, as unhas, a maquiagem, a barriga, a celulite, as rachaduras nos calcanhares, o cacete a quatro, em coisas mais úteis, seríamos nós a dominar o mundo, e não os homens. Nós somos é um bando de idiotas por nos submetermos a essa maluquice, a essa escravidão da beleza. Um bando de idiotas. É a gente contando calorias e eles ganhando dinheiro. Somos umas antas.

9 ideias sobre “minha saga capilar

  1. Paca, vc falou e disse: no dia em que a gente parar de se preocupar com cabelo, unhas, pele e celulite realmente vamos ser HOMENS! E convenhamos quem quer ser homem? Falo a mesma coisa pras minhas amigas que cortam cabelo curto e param de pintar os brancos: vc como mulher morreu! Cade a vaidade??? Seu cabelo pode estar pratico mas pergunta se teu marido prefere vc de cabelo comprido?? Tenho certeza que vc vai cair de pau em mim, MAS prefiro cuidar da minha juba loooooonga e encaracolada e das minhas futilidades e me sentir linda;) So a minha opiniao e cada um na sua!!!

    • No dia em que a gente parar de se preocupar com cabelo, unhas, pele e celulite vamos finalmente começar a VIVER. Porque viver em funçao dessas coisas é maluquice. “Voce como mulher morreu”? Que raio de comentario é esse? Desde quando somos definidas pelos nossos cabelos? Ta maluca? Meu cabelo esta pratico e é so isso o que importa. Calhou que meu marido adorou, mas mesmo se nao adorasse, problema dele: o cabelo é meu e o tempo que eu perdia com ele era meu, nao dele. Ninguém tem nada a ver com o meu corpo, so eu. Ninguém mais.

      • Acho ótimo curtir os cabelos curtos e nao acho que nao sejam femininos, porque o feminino nao está no cabelo. Afinal há homens super-másculos que têm cabelao. O importante é se sentir bem e cabelo cresce, dá para mudar tudo. Faço parte da irmandade seguidora da Lorraine há 8 meses. Nunca mais botei um shampoo na cabeça, só nao tenho cachos muito bem definidos, mas estou satisfeita com o resultado geral. Fato é que os cabelos nao estao mais ressecados.

  2. Bem vinda ao mundo dos cabelos curtos! Eu já faço apologia às madeixas curtinhas há uns 15 anos pelo menos, e olha que o meu é liso! Mas é uma maravilha não ter que se preocupar com horas de produtos e pentes e tratamentos e bla bla bla. A Isabella também adora, eu mantenho o dela curto com franja porque a criança abomina qualquer tipo de artefato para prender cabelos. Só agora está começando a tolerar um pouco as tiaras, mas mesmo assim some com as benditas sempre que pode. Só falta uma foto, né? Beijo!

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