ah, itália…

Eu venho dizendo há anos que a Itália é o país mais divertido do mundo. É tão surreal que se não existisse precisava inventá-la.

Quem já viu televisão aqui sabe do que eu estou falando. Antes do telejornal da manhã todos os canais fazem o que eles chamam de “rassegna stampa”, que resume-se a LER em voz alta, às vezes sublinhando as frases mais importantes com marca-texto, as manchetes dos principais jornais do país. Não estou brincando. O cara fica lá sentado de frente pra câmera atrás de uma escrivaninha cheia de primeiras páginas de jornais, e vai lendo em voz alta e sublinhando. Não é uma coisa?

E as roupas dos repórteres? Quando eu estudei em Chiavari com a Syrléa a gente dava gargalhadas com o terno de veludo cotelê amarelo-mostarda e a barba por fazer do apresentador do TG5, que por sinal continua lá até hoje e continua volta e meia aparecendo com barba de dois dias. As apresentadoras mulheres muitas vezes usam roupas abomináveis, estampas berrantes, decotões, brinco gigante em uma orelha só, coisas que deveriam ser proibidas por lei tipo paletozinho vermelho-Paloma-Picasso com botões dourados e om-brei-ras. Pra não falar dos cabelos. Já vi cabelo amarelo com a raiz escura, franja caindo nos olhos é um must, cabelo chapinhado escorrido cobrindo as laterais do rosto é supercomum. Maior profissionalidade, vou te contar.