live. de novo.

(porque eu sou obsessivinha, vocês sabem)

Tentando melhorar a chatura que estou traduzindo essa semana, o manual de instruções de uma máquina que poda videiras (sempre melhor que a pomada pra hemorróida…), subi todos os meus CDs do Live pro iTunes e taquei no iPod. Estou ouvindo a voz do Ed desde as dez da manhã. Não vou mais comentar quanto eu acho a voz dele uma das mais bonitas, senão A mais bonita, atualmente no mercado, e como ele poderia cantar a lista de compras e eu me derreteria toda. É que pra me distrair da maldita máquina de poda perdi uma meia horinha (aham) lendo os depoimentos dos fãs que foram aos shows mais recentes deles, e todo mundo notou a mesma coisa: que tá na cara que eles AMAM o que fazem, que eles são caras normaizinhos, que os fãs são light, que as letras e a música deles são muito, muito touching, que o Ed é um po-ço de charme e tem abdominais espetaculares, que todo mundo sai do show soltando faíscas de endorfina com os olhos e acorda no dia seguinte como quem sonhou com mousse de chocolate a noite toda (i.e. totalmente feliz e realizado). Isso me fez lembrar de duas coisas.

Uma foi quando ouvimos Live pela primeira vez. Estávamos, eu e meu irmão, nos Estados Unidos com meu pai. Tínhamos comprado um aparelho de som e como o vôo atrasou um dia e tivemos que dormir num hotel perto do aeroporto, abrimos a embalagem e aproveitamos pra gravar umas músicas que a gente gostava que tocavam sempre no rádio. Uma delas era Pain Lies on the Riverside. Não lembro como, mas descobrimos quem cantava e qual o CD, e, já no Rio, compramos o Mental Jewelry. Gostamos e depois passamos pro Throwing Copper. Não lembro onde compramos (o Tuco deve lembrar; deve ter sido na Galeria River), mas lembro perfeitamente que passamos o dia INTEIRO ouvindo o raio do CD até decorar as letras e trocando comentários. Meu irmão já era músico (porque sempre foi) mas acho que ainda não sabia, e por isso ficamos impressionados em intensidade igual. Hoje em dia eu fico só achando tudo muito maneiro na minha santa ignorância, enquanto ele vai pro aspecto técnico da coisa.

Não precisa nem dizer que só de pensar em tudo isso me dá uma saudade danada do Tuco.

A segunda coisa foi o show do Live em São Paulo, há muuuuitos anos. Ia ter show no Rio mas foi cancelado. Eu ainda tava trabalhando no Flash. Ficamos sabendo que ia rolar em São Paulo, a Hunka resolveu ir com a gente (eu ouvi as músicas do Secret Samadhi pela primeira vez no carro do irmão dela, assim que o CD começou a tocar nas rádios), compramos as passagens da ponte aérea não sei nem como, o Tuco me encontrou na cidade, pegamos uma daquelas vans tabajara, e… TUDO PARADO. Tinha tido um acidente hardcore pelo caminho e o trânsito não andava. Nós dois ficamos enlouquecidos de nervoso com medo de perder o vôo – coisa que, por sinal, só não aconteceu porque o piloto também estava empacado no mesmo engarrafamento. Chegamos suuuuuper em cima da hora, saímos correndo pelo aeroporto em SP feito um bando de malucos, não sei como conseguimos chegar ao local do show (que eu não lembro onde foi), e quando finalmente entramos a coisa tava acabando de começar. Muita música do CD novo, que eu ainda não tinha decorado, mas berrei MUITO nas que eu conhecia. O Ed deu umas reboladas estranhas, pois gringo não sabe dançar mesmo, mas sim, ele é MUITO, MUI-TO charmoso – uns olhos penetrantes fenomenais, e aquela vooooooooooooz. Não lembro todas as músicas que eles tocaram, mas lembro que saí de lá muito, muito feliz. Voltamos pro Rio de buzum, dormindo, e eu ainda tive aula na faculdade no dia seguinte. Cirurgia, se não me engano.

Tucomel, se eles tocarem aqui na Europa esse ano você vem? Pra matar dois coelhos com uma cajadada só? [em italiano diz-se pegar dois pombos com uma fava só] No site não tem nada escrito ainda, mas como eles vêm pra cá praticamente todo ano (tem muito fã deles na Holanda, eles sempre vão a Amsterdã) é muito provável que role. Hein? Hein?